A saúdemental é uma preocupação cada vez mais presente em nossa sociedade. Pesquisas mostram que o número de afastamentos do trabalho devido a transtornos psicológicos vêm atingindo números elevados no Brasil. Casos de ansiedade e depressão crescem e preocupam.
A velocidade do mundo contemporâneo nos afasta dos momentos de silêncio e contemplação. Temos cada vez mais dificuldades para nos concentrarmos, para ficarmos sós, para lidar com nossos conflitos e nossas fragilidades. Questões tão humanas, mas que, infelizmente, têm sido negligenciadas.
No meu trabalho como artista plástica e na minha atuação com equipes nos ambientes corporativos, vejo a importância do autoconhecimento como forma de navegar em tempos turbulentos. O contato com a arte pode trazer muitos benefícios nesse sentido.
Na possibilidade de lidar com processos artísticos, temos a oportunidade de olhar para dentro e acalmar o frenesi mental. Somos convidados a abraçar as incertezas – que, afinal, são constantes na vida – e com elas buscar novos caminhos, novas possibilidades para de fato inovar, seja em nossa trajetória pessoal ou profissional.
A arte também nos ensina sobre o respeito ao processo: os resultados nem sempre são controláveis e previsíveis e isso pode ser muito valioso. Ganhamos fôlego com a pressa do tempo e temos a chance de perceber que nem tudo precisa “ser para ontem”, como se costuma dizer hoje em dia.
Somos animais poéticos, destaca a pesquisadora francesa Michèle Petit. Esse é aliás o título de seu mais recente livro que reflete sobre a arte, os livros e a beleza em tempos de crise. Inspirador!
Devemos sempre nos lembrar de nossa dimensão humana, rica em nuances, #diversidade e #beleza. Repleta de acertos e falhas. Não podemos sucumbir à tecnicidade do mundo comandando por algoritmos eficientes. Sim, somos humanos e celebrar isso é fundamental.
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