Vivemos em tempos de velocidade extrema. Prazo após prazo, notamos como o espaço para reflexão, para simplesmente pausar e existir, parece desaparecer. No entanto, será que é possível inovar ou tomar boas decisões sem esses momentos de pausa? Dois grandes mestres do pensamento, o filósofo Arthur Schopenhauer e o poeta Rainer Maria Rilke, nos trazem insights valiosos sobre o papel do tempo e da contemplação nos processos criativos e de autoconhecimento.
Schopenhauer acreditava que, ao contemplar a beleza, seja por meio da arte ou da natureza, conseguimos transcender o estresse e as preocupações cotidianas. A arte, segundo ele, cria um estado de equilíbrio mental onde o pensamento se organiza e o novo pode emergir.
Rilke, por sua vez, falava sobre o mergulho no silêncio. Em suas “Cartas a um Jovem Poeta”, ele encoraja a aceitar a incerteza como parte do processo criativo. É na pausa, no vazio produtivo, que se dá o encontro com ideias autênticas, permitindo o vir a ser. A inovação não nasce da pressa, mas da paciência em observar e se transformar.
Nas empresas, as pausas criativas são muitas vezes vistas como perda de tempo. Porém, são nessas pausas que mentes inquietas encontram soluções que não surgiriam em um ambiente de alta pressão. Promover esses momentos pode gerar tanto novas ideias quanto conexões humanas mais profundas.
Exemplo Prático: Imagine uma equipe que, antes de uma grande reunião, dedica cinco minutos para um exercício de contemplação ou silêncio. Esse simples ato desacelera os pensamentos, trazendo clareza e presença. Muitas empresas , que venho atuando ao longo dos mais de 35 anos de atuação, já relatam como práticas de mindfulness e atividades artísticas, que venho propondo têm impacto direto em decisões estratégicas e inovação.
Conclusão: A arte , a pausa, a contemplação não são luxos ou atividades “extras”. Elas são estratégias essenciais para quem deseja liderar com criatividade, visão e propósito. Como nos ensinam Schopenhauer e Rilke, é no tempo desacelerado que a vida realmente acontece e a inovação se manifesta.
Então, eu te pergunto: você já fez sua pausa criativa hoje?
